A cesta básica da cidade de Brusque continua apresentando o 13° maior preço entre as 18 cidades onde a pesquisa é realizada, custando R$ 619,95 em novembro, com um aumento de 1,17% em relação a outubro. Além de Brusque, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em 17 capitais. No município, a pesquisa é realizada por meio de uma parceria com o Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região (Fórum Sindical) e com o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis (Sintrafite).
Em novembro de 2023, o trabalhador de Brusque, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.320,00, se considerado o salário-mínimo líquido (R$ 1.221,08), após o desconto de 7,5% da Previdência Social, precisou comprometer 50,77% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.
Entre os itens da cesta, os destaques que aumentaram de preço no mês no município foram o feijão (6,93%), o tomate (4,15%) e a banana (16,67%). Já os produtos que tiveram redução, foram a batata (-2,60%), o leite (-1,61%), a carne (-1,35%), e o arroz (-0,87%). Com base na cesta mais cara, que, em novembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em novembro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em outubro, o valor necessário era de R$ 6.210,11 e correspondeu a 4,70 vezes o piso mínimo. Em novembro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.575,30 ou 5,43 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.
Nas capitais, as altas mais importantes ocorreram em Brasília (3,06%), Goiânia (1,97%) e Belo Horizonte (1,91%). Em Porto Alegre, o valor da cesta não variou em relação a outubro. As quedas mais expressivas foram registradas em Natal (-2,55%), Salvador (-2,17%), Fortaleza (-1,39%) e Campo Grande (-1,20%). São Paulo foi a cidade onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 749,28), seguida por Florianópolis (R$ 747,59), Porto Alegre (R$ 739,18) e Rio de Janeiro (R$ 728,27). Nas capitais do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 516,76), João Pessoa (R$ 548,33) e Salvador (R$ 550,86).
Cesta x salário mínimo
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica passou de 107 horas e 17 minutos, em outubro, para 107 horas e 29 minutos, em novembro. Em novembro de 2022, a jornada média foi de 121 horas e 02 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em novembro de 2023, 52,82% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em outubro, 52,72%. Em novembro de 2022, o percentual ficou em 59,47%. 3 Em um breve comparativo sobre os dados de Brusque, têm-se em novembro o percentual de 50,77%, enquanto outubro apresentou 50,19% do rendimento líquido do trabalhador, para adquirir os produtos alimentícios básicos, apresentando uma variação de 1,17%. Essa porcentagem apresenta um aumento dos preços de alguns dos itens pesquisados na cesta.